Este período de, sensivelmente, quatro anos, como na vida de qualquer estudante universitário que se preze, significou muito, tanto a nível pessoal como a nível profissional (estudante, claro!). Que ficará para sempre guardado e registado na minha mente (espero é que ela me permita ter lucidez até ao fim dos meus dias) e coração.
É extremamente engraçado "olhar para trás" e consciencializar que o tempo voa tão rápido que chega a assustar. Como é que quatro anos na vida de uma pessoa passa a correr como um simples estalar dos dedos?!
Antes do fatídico dia da matrícula, foi o dia em que soube que tinha entrado para a ESEnf, na altura agora ESS. Confesso que fiquei desiludida ao saber que tinha entrado naquela escola; isto porque já estava mentalizada e psicologicamente preparada para ir para Aveiro, a minha segunda opção! Normalmente, as primeiras opções são sempre as melhores e foi o que se verificou neste caso. Ainda bem! What if I?! Na, forget it!
Quando concorri para a ESEnf não tinha a percepção do quão prestigiada esta escola era a nível nacional; foi uma óptima surpresa ter descoberto isso nos primeiros dias em que era praxada.
Se senti orgulho?! Não sei; mas que foi uma sensação muito agradável foi!
Ao longo destes quatro anos, muitas foram as alegrias que nos uniram, as tristezas que também as tivemos, as festas, os convívios, poucos mas excelentes; ficam para sempre na memória. Aquelas viagens de comboio de manhã cedo, toda a gente, com cara de sono, não era, Miss J.,T.,S.,M.,X.?
Uns ficarão amigos para sempre, outros apenas manter-se-á contacto por via net, outros provavelmente nunca mais os verei na minha vida. Torna-se complicado imaginar que, quando chegarmos a Setembro não termos de ir para a escola, onde nos reencontrávamos todos e contávamos as novidades do recente Verão.
Referir que amigos queridos, Miss J. e Mister D. nos "abandonaram" por razões de força maior, quero dizer que este "abandono" lhes permitiu realizar os sonhos e estarei sempre com eles como eles estiveram lá nos momentos mais importantes!
A todos sem excepção desejo, como dizia esse comediante Raúl Solnado "FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES!" e DIGNIFIQUEM A NOSSA PROFISSÃO por este país fora ou além fronteiras (considerando que esse é o desfecho mais provável para todos nós! Bem a não ser que haja um grande Factor C em anexo (Lol)).
Mas quando voltarmos, voltaremos cheios de experiência profissional e de vida, que apenas trará benefícios aquando da prestação de cuidados ao doente/família e comunidade; pois sem eles o nosso trabalho não faria sentido algum.
Se sinto-me triste? Não, porque é o fim de um ciclo, que inevitavelmente mais cedo ou mais tarde teria que ser concluído. Se sinto-me feliz? Mais ou menos. Não é que o pior comece agora; o pior começou quando ingressamos no curso e o percurso que tive e tivemos que percorrer (desculpem o pleonasmo!) para agora podermos dizer somos ENFERMEIRO(A)S. Mas agora vamos ser lançados aos "lobos" e não haverá retaguarda que nos irá proteger.
"Bem-vinda ao mundo dos adultos!" - disse outrora Enf. A.
É que é isso mesmo.
Maneiras que é isto.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Pica dada por